Dicas do Prof. Rooney

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Veja o que há de novo no Office 2013


Pacote de aplicativos ganha visual mais “limpo”, mais integração com serviços online e melhores ferramentas para criação, edição e compartilhamento de conteúdo.


Embora os consumidores e empresas estejam cada vez mais adotando serviços na web e apps para dispositivos móveis, milhões ainda dependem do Microsoft Office para realizar seu trabalho a cada dia. E o pessoal de Redmond quer que você use o Office onde quer que você vá, seja no tablet, no PC ou num smartphone com o Windows Phone. Para isso a Microsoft está promovendo uma profunda integração entre os aplicativos desktop e seus dados, armazenados em servidores da empresa.

Este review é focado nos aplicativos desktop que compõem o Office 2013, que está sendo lançado hoje. Você poderá comprá-lo separadamente ou como parte do pacote conectado à nuvem Office 365, do qual faremos um review mais tarde. Ambos tem recursos para colaboração e armazenamento de documentos online, a diferença é que o Office 365 é constantemente atualizado e permite rodar o Office mesmo em um PC que não seja o seu através de uma ferramenta de virtualização. O Office 365 também oferece espaço extra para armazenamento de arquivos online e, na versão Small Business, extras como calendários compartilhados e ferramentas para videoconferência em alta-definição.

Além da já mencionada integração à nuvem, os novos aplicativos desktop do Office tem um visual mais refinado e várias melhorias bastante úteis.

Ícones do Office 2013 na tela Iniciar no Windows 8

Redesenho

O novo Office usa fundos brancos em praticamente todo lugar, e o efeito geral é um visual mais limpo. Uma inovação sutil é o uso de animações que podem fazer com que transições pareçam mais fluidas (os efeitos podem ser desabilitados se você quiser). E a Microsoft tornou várias operações de rotina mais fáceis de realizar.

O Word, Excel e PowerPoint não mais mostram uma página em branco quando abertos. Em vez disso uma tela inicial (landing page) apresenta modelos e outras opções para criar ou abrir documentos. É basicamente a tela que era mostrada nas versões anteriores quando você queria abrir um arquivo ou criar um a partir de um modelo. Esta tela exibe modelos prontos que, de outra forma, você poderia nem notar.

O pacote também oferece integração fácil com os serviços de armazenamento online da Microsoft através do SkyDrive (gratuito) ou, em ambientes corporativos, através de contas em servidores SharePoint. Este arranjo faz com que os documento estejam disponíveis onde quer que você precise deles. A Microsoft também trabalhou para deixar o Office mais amigável ao uso em tablets ou PCs com telas sensíveis ao toque.


Word também é para ler

Uma das inovações mais visíveis no Word é o novo modo de leitura (Read Mode) que oculta a barra de ferramentas (Ribbon) e exibe os documentos como se fossem um livro impresso. Nesse modo não é possível editar o documento, mas é possível usar ferramentas de busca. É possível clicar em elementos gráficos para ampliá-los (a Microsoft chama este recurso de “Object Zoom”), e clicar novamente para retornar ao layout original. Outro novo modo exibe um painel de navegação, útil para lidar com documentos longos.

Modo de leitura no Word esconde a "Ribbon" e coloca o documento em tela cheia


O Word também cria um marcador automático da página onde você estava quando o documento é fechado, e permite retornar a ele quando o documento for aberto novamente. O marcador no documento, o que significa que se você salvá-lo no SkyDrive outras cópias do Office 2013 também poderão abrí-lo na página marcada.

Se você está usando um PC ou dispositivo conectado à internet, pode ver vídeo embutido em um documento sem sair do Word. Também pode fazer buscas em sites de compartilhamento de imagens populares e adicionar as que mais gostar aos seus documentos diretamente de dentro do Word, sem necessidade de usar um navegador e salvar manualmente as imagens no computador. A mesma coisa vale para screenshots: o novo comando Insert Screenshot gera miniaturas de todos os aplicativos abertos no computador, e então insere uma imagem do aplicativo escolhido no documento (você pode recortá-la a seu gosto). Quando você insere uma imagem ou outro objeto, o Word faz dinamicamente o refluxo do texto para que você veja o resultado imediatamente.

A nova aba Design agrupa estilos e outras opções de formatação em um só lugar, para que você possa facilmente experimentar um novo visual para seu documento. O Word também tem suporte a edição de arquivos PDF (eles são convertidos para documentos do Word, e depois salvos novamente como PDF). Infelizmente, em meus testes o Word danificou a formatação de um PDF completo, mas se saiu muito melhor em documentos mais simples.

O Word oferece algumas opções de compartilhamento inovadoras, além do SkyDrive. Por exemplo, você pode criar e enviar um link de compartilhamento (com ou sem privilégios de edição) para mostrar um documento a quem não tem o aplicativo instalado. Com isso o documento pode ser visto (ou editado) em um navegador. Também é possível postar o mesmo link em redes sociais sem sair do Word.

Novo meio para mostrar mudanças e comentários no arquivo reduz a poluição visual

A Microsoft também modificou as ferramentas de revisão. A nova visualização “Simple Markup” remove muito da “poluição visual” de exclusões e comentários em um documento muito editado. O Word agora tem suporte a respostas a comentários, para que as conversas possam ser acompanhadas de forma mais ordenada, e uma vez que um comentário tenha sido respondido você pode marcá-lo como “feito”. Também é possível definir uma senha, que será necessária para desativar o sistema de rastreamento de mudanças. Com isso, ninguém poderá mexer em um documento sem ser detectado.

Excel ganha ferramentas para análise de dados

O Excel 2013 tem alguns dos recursos mais atraentes e potencialmente úteis no Office 2013, já que eles auxiliam na entrada, análise e apresentação de dados de uma planilha. O FlashFill, por exemplo é capaz de detectar padrões (além de padrões numéricos e de data que o Excel reconhece há tempo) e completa automaticamente os campos vazios de forma apropriada.

Por exemplo, se você colar uma lista de endereços de e-mail de formato similar (como nome.sobrenome@dominio.com) em uma coluna, pode digitar os dois primeiros nomes nas duas primeiras células de outra coluna, selecionar a coluna inteira e clicar em Flash Fill para ver o Excel inserir o restante dos primeiros nomes instantâneamente.

FlashFill facilita a entrada de informações


O Excel também torna mais fácil descobrir como lidar um um punhado de dados em uma planilha. Selecione uma tabela inteira e um pequeno botão de análise rápida (Quick Analysis) aparece no canto inferior direito. Você pode clicar nesse botão para ver amostras de várias opções de gráficos, e clicar em uma delas para aplicar a seleção. Não sabe exatamente como tratar os dados? O Excel também tem botões que geram recomendações de gráficos e tabelas dinâmicas (Pivot Tables). Também ficou mais fácil examinar dados de um determinado período de tempo dentro de um conjunto mais amplo, ou criar “mashups” usando fontes de dados de terceiros.

Uma mudança mais simples, porém também bem-vinda, envolve o ato de manter múltiplas planilhas abertas. No Office 2013 cada workbook tem sua própria janela, o que torna a tarefa de visualizar dois ou mais ao mesmo tempo muito mais fácil. E como no Word, você pode compartilhar suas planilhas com quem não é usuário do Office enviando um link por e-mail, ou criando um post em uma rede social.

PowerPoint: ferramentas para design, colaboração e compartilhamento

Muitas das novidades no PowerPoint 2013 são um espelho daquelas do Word, incluido o modo de leitura, a ferramenta de captura de screenshots, a busca e inserção de imagens em sites de compatilhamento, zoom em objetos, visibilidade imediata de mudanças de formatação, melhores ferramentas para comentários e a aba Design.

Também ficou mais fácil ajustar elementos de design, com opções exibidas em um novo painel de formatação à direita do slide. O painel é chamado através de um menu que aparece ao clicar com o botão direito do mouse em um objeto como uma imagem, forma ou texto.

O PowerPoint agora é capaz de reproduzir mais formatos de vídeo, e há a opção de definir uma trilha de áudio que toca durante toda a apresentação. Para quem tem duas telas à disposição, um modo chamado “Presenter View” (visão do apresentador) torna mais fácil consultar notas e uma amostra dos próximos slides. E se essa informação estiver na tela errada, o comando Swap Display (trocar tela) resolve rapidamente o problema.

A "Presenter View" no PowerPoint 2013
 
Co-autores podem colaborar em uma apresentação usando o app web do PowerPoint. E a capacidade de transmitir uma apresentação online enviando um link para os participantes, algo que já existia no Office 2010, mas pode ter passado despercebido por muitos, é um recurso muito útil.

Um Outlook mais “limpo”

Na versão anterior do Office o Outlook ganhou uma nova barra de ferramentas, a Ribbon, mas também ficou mais complexo. A Microsoft resolveu esse problema no Outlook 2013, que quando aberto mostra apenas dois painéis, um com uma lista de mensagens e outro com um preview da mensagem selecionada. É possível responder rapidamente a uma mensagem clicando no botão “Reply” neste segundo painel.

No Outlook 2013 é possível dar uma "espiada" nos contatos e calendário sem trocar o modo de visualização
 
Se você quer mais de dois painéis, não há problema: vários layouts estão disponíveis na aba View, incluindo alguns com painéis para seu calendário, sua lista de tarefas ou seus contatos. Neste você também pode ver atualizações de redes sociais configuradas no Outlook Social Connector.

No rodapé da tela você pode clicar em Calendar, People ou Tasks para trocar o modo de visualização, ou parar o cursor do mouse, sem clicar, para ver um pop-up com uma amostra do conteúdo selecionado. Esta “espiadinha” permite que você acesse informações sem ter de trocar completamente o modo de visualização.

Um novo recurso chamado Mailtips alerta sobre erros comuns, como esquecer um anexo ao reenviar uma mensagem. E em ambientes corporativos onde profissionais de TI definem políticas de uso para o e-mail, o Outlook é capaz de apontar violações em potencial.

Uma novidade curiosa: o calendário agora mostra a previsão do tempo dos próximos dias.

OneNote, Publisher e mais

A Microsoft deu a outros apps do Office melhorias no design similares àquelas dos principais programas. O OneNote, por exemplo, compartilha com o Word e PowerPoint a ferramenta de captura de screenshots. Também tem melhores ferramentas para modificar tabelas, e pode atualizar automaticamente arquivos do Excel e Vision embutidos, assim que seu conteúdo é modificado. Assim como os outros apps do Office, você pode compartilhar um bloco de notas do OneNote enviando um link para os outros usuários, que podem até editar o documento usando o navegador, se você permitir.

OneNote tem novas ferramentas de compartilhamento


O Publisher 2013 tem as mesmas ferramentas de design e formatação do Word e PowerPoint. Ele também permite coletar imagens em uma área ao lado de um documento, e experimentar uma de cada vez usando um botão chamado Swap Image (trocar imagem).

O Visio 2013, ferramenta para diagramas de negócios, ganhou novos modelos e estilos, além de ferramentas de colaboração, embora elas só estejam disponíveis para usuários do SharePoint e assinantes do Office 365. Um novo assistente permite ligar elementos gráficos em seus diagramas a fontes de dados, de forma que se os dados mudarem, o diagrama também muda. Entre as fontes suportadas estão o Excel, servidores SQL e listas externas (External Lists) do SharePoint.

Veredito

O Office 2013 é uma atualização imperdível? Não necessariamente. Usuários que interagem principalmente com os quatro principais aplicativos (Word, Excel, PowerPoint, Outlook) em PCs desktop irão encontrar mais opções de formatação do que nunca, além de alguns novos modos de visualização, incluindo opções para reduzir ou esconder a onipresente Ribbon apresentada no Office 2007.

No geral estou satisfeita com as mudanças introduzidas no Office 2013. Vários dos recursos do Office 2010 foram refinados, e se o investimento em uma assinatura do Office 365 faz sentido para você, não há motivo para não atualizar.

Mas para pessoas que trabalham em um único desktop, ou que estão satisfeitas com serviços online de terceiros como o Dropbox ou o Google Drive o upgrade - especialmente a partir do Office 2010 - é menos atraente. A Microsoft fez um trabalho, mas o Office 2013 não é “essencial”.



Fonte: Yardena Arar, PCWorld EUA
Publicado em 29-01-2013

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Os principais cuidados com software ao montar um PC

Não basta simplesmente instalar o sistema operacional. Atualize a BIOS, instale drivers e faça ajustes para conseguir o máximo de desempenho e estabilidade de sua nova máquina.

Montar um PC é um processo composto por múltiplos passos. Primeiro é necessário escolher uma plataforma e um gabinete que atenda às suas necessidades. Em seguida é necessário fazer uma boa pesquisa de mercado e adquirir os componentes individuais. Depois que você tiver todos eles em mãos, pode começar a montagem propriamente dita. Detalhamos o processo no primeiro artigo desta série, chamado “Os principais cuidados com hardware na montagem de um PC”.

Mas o processo não termina depois que você fecha o gabinete da máquina, já que é necessário instalar software antes de poder usar seu PC para qualquer coisa. Infelizmente, muitos montadores inexperientes simplesmente encaixam as peças, instalam um sistema operacional “de qualquer jeito” e dão o serviço por terminado. Na verdade, são necessários vários passos para garantir que seu novo computador esteja rodando de forma confiável e com o máximo de desempenho.

É necessário, por exemplo, confirmar que todos os componentes tem as mais recentes versões da BIOS ou firmware, bem como os drivers mais atuais. O sistema operacional também deve ser completamente atualizado, e não devemos nos esquecer daqueles pequenos ajustes que podem ajudar a tirar desempenho extra de alguns dos componentes. Vamos começar?

 

Atualizações de BIOS e Firmware

Há quem afirme que não é necessário atualizar a BIOS ou firmware de um componente a não ser para resolver um problema específico, enquanto outros acham que manter todos os componentes atualizados para impedir dores de cabeça futuras é uma boa idéia. Sou da segunda opinião, já que um firmware atualizado geralmente resolve problemas de compatibilidade e desempenho (que talvez você nem saiba que estão acontecendo), e ocasionalmente traz novos recursos.

Quando você estiver montando seu novo PC, verifique os sites dos fabricantes em busca de novas versões da BIOS ou firmware de componentes como placas-mãe, discos de estado sólido, drives ópticos, controladoras RAID e placas de vídeo. Muitos componentes adquiridos em lojas ou online podem ter ficado parados em uma prateleira por semanas, talvez meses, e durante este tempo o fabricante pode ter continuado a refinar e aprimorar o firmware. Para tirar proveito destas melhorias, você vai precisar atualizá-lo.

Fabricantes de placas-mãe frequentemente atualizam seus produtos para resolver incompatibilidades, aprimorar a capacidade de overclock ou adicionar suporte a novos processadores e tecnologias de memória, entre muitas outras coisas. A maioria das placas-mãe modernas tem ferramentas integradas para instalação de uma versão atualizada da BIOS. Ela pode ser baixada no site do fabricante, copiada para um pendrive e então instalada usando as ferramentas integradas. Se você tem uma placa-mãe mais antiga, sem um mecanismo de atualização integrado, pode ser necessário inicializar sua máquina a partir de um “disco bootável” contendo uma versão mínima do DOS e uma ferramenta disponibilizada pelo fabricante.

asus_biosPlacas-mãe modernas trazem BIOS sofisticadas, como esta da ASUS,
com mecanismo de atualização integrado

Atualizações de firmware para discos de estado sólido e drives ópticos variam de fabricante para fabricante. Alguns fornecem utilitários que rodam no Windows, enquanto outros rodam a partir de discos bootáveis no DOS. No caso dos drives ópticos, as atualizações de firmware geralmente resolvem problemas de compatibilidade com novas mídias, e muitas vezes melhoram o desempenho na gravação de discos. Já as atualizações de unidades SSD costumam ser muito mais substanciais, já que elas são uma tecnologia relativamente recente. Não é incomum uma atualização mudar completamente o desempenho do drive - geralmente para melhor. Mas tenha em mente que muitas atualizações para unidades SSD são destrutivas, ou seja, resultam na perda de toda a informação armazenada nelas. Verifique se esse é o caso, e sempre faça um backup, antes de continuar.

Já as atualizações para controladoras RAID são menos comuns, mas não custa dar uma olhada no site do fabricante. Elas podem melhorar o desempenho e resolver problemas relacionados à corrupção de dados. Já as atualizações para GPUs (placas de vídeo) costumam resolver incompatibilidades com modelos específicos de placas-mãe e resolver bugs.

 

Instalação do sistema operacional

Embora haja uma boa variedade de opções quando o assunto é o sistema operacional, neste artigo assumo que você é um usuário do Windows. Mesmo que este não seja o seu caso, um procedimento correto de instalação e atualização é importante em qualquer sistema.

A instalação de um sistema operacional não termina quando você dá o primeiro boot. E infelizmente esse é o ponto onde muitos usuários começam a instalar aplicativos e poluir o sistema com “lixo” baixado na web. Em vez disso, imediatamente após terminar a instalação do Windows conecte-se à web (o que pode exigir a instalação de drivers para a placa de rede ou interface Wi-Fi) e rode o Windows Update.

Depois de completar a primeira rodada de atualizações, execute o Windows Update novamente até que não hajam mais atualizações disponíveis. Muitas falhas de segurança no Windows, e em aplicativos inclusos com ele, precisam ser corrigidas após a instalação do sistema, e o melhor é fechar esses “buracos” de uma vez para evitar o risco de ser vítima de ataques ou infecção por malware. Algumas atualizações também corrigem problemas de compatibilidade com software de terceiros ou adicionam novos recursos ao sistema operacional.

Mas preste muita atenção à lista do que está sendo atualizado. O Windows Update irá se oferecer para instalar os drivers de vários componentes, e se você já os baixou do site do fabricante, não há a necessidade de instalar versões provavelmente mais antigas via Windows Update.

 

Drivers, pegue todos eles

Depois de atualizar o firmware e o sistema operacional é hora de instalar os drivers mais recentes para todos os seus componentes. Este é o ponto mais crucial para garantir o melhor desempenho e estabilidade de sua máquina. Recomendo que, se possível, você não instale drivers do Windows Update ou do CD/DVD que veio com um produto. Como já mencionei, o Windows Update muitas vezes tem drivers mais antigos, e os que estão no CD ou DVD podem ser mais antigos ainda.

Recomendo visitar o site de cada fabricante para baixar os drivers de sua placa-mãe/chipset, placa de vídeo, placa de som, placa de rede e qualquer outro hardware em seu computador. Mas no caso das placas de vídeo, esqueça o fabricante da placa. Vá direto ao site do fabricante da GPU (geralmente a AMD ou Nvidia), e baixe os últimos drivers disponíveis para sua placa. Este passo é especialmente importante para os gamers, já que novos drivers de vídeo geralmente corrigem bugs ou melhoram o desempenho de certos jogos.

amd_driversA atualização de um driver de vídeo pode melhorar visivelmente o desempenho em jogos

Note também que é necessário instalar os drivers em uma ordem específica. Não existe uma regra imutável, mas o recomendado é é começar pelos drivers da placa-mãe ou chipset, já que isso tipicamente afeta também as controladoras USB e SATA, o barramento PCI Express (ao qual as placas são conectadas) e outros ajustes de baixo nível. Depois, instale os drivers da placa de vídeo, e aí o resto.

 

Ajuste fino

Depois de completar a instalação dos drivers, você pode prosseguir com os toques finais. Há inúmeros ajustes do Windows que podem melhorar o desempenho ou praticamente qualquer outro aspecto do sistema operacional. Na verdade, tantos que é impossível cobrir em um único artigo. Mas posso lhe dar algumas dicas.

Há muitos ajustes a componentes específicos que valem a pena. Se sua máquina tem um disco de estado sólido (SSD) recomendo rodar o SSD Tweaker. Este utilitário modifica vários parâmetros do sistema operacional, como o serviço de indexação e algumas opções legadas do sistema de arquivos NTFS, para aumentar o desempenho do SSD em geral e a confiabilidade a longo prazo. No caso das placas de vídeo há utilitários de terceiros como o Afterburner da MSI ou o Precision da EVGA, que tornam fácil a tarefa de ajustar a velocidade de um ventilador ou fazer um overclock da GPU.

ssd_tweakerO SSD Tweaker ajusta o sistema para tirar o melhor proveito de sua unidade SSD

Ajustar o próprio Windows para o melhor desempenho (e mínimo incômodo) também é recomendável. Especificar manualmente um arquivo de swap (pagefile) estático é uma boa forma de se certificar que seu PC nunca fique sem memória virtual, e de minimizar os acessos ao HD ou escrita desnecessária no SSD.

Mas não desabilite a memória virtual: embora ela não seja sempre necessária, alguns aplicativos ainda precisam dela para funcionar corretamente. Também recomendo substituir alguns dos aplicativos inclusos com o Windows por versões superiores desenvolvidas por terceiros. Por exemplo, você pode substituir a ferramenta de desfragmentação pelo Defraggler, e complementar o Utilitário de Limpeza de disco com o CCleaner, ambos da Piriform.

Depois de completar toda a instalação e ajustes, rode o Utilitário de Limpeza de Disco (e o CCleaner) para varrer lixo restante e arquivos temporários, e recuperar o máximo de espaço em disco possível. Não se espante se você ganhar alguns gigabytes de espaço extra, mesmo em uma máquina supostamente “limpa”. E se seu PC tem um HD tradicional, depois que ele estiver limpo faça uma desfragmentação (mas nunca faça isso em uma unidade SSD).

Embora seja impossível cobrir todos os ajustes e nuances de todas as combinações possíveis de hardware e software neste artigo, espero que tenha conseguido dar a vocês uma visão geral de como configurar e otimizar adequadamente seu novo PC. Basta se lembrar: o processo não está terminado simplesmente porque você juntou as peças e rodou o instalador do Windows. Atualize a BIOS e o firmware, o sistema operacional, instale os drivers mais recentes e ponha o lixo pra fora antes de declarar que seu PC está “pronto”.

Fonte: Marco Chiappetta, PCWorld EUA
Publicado em 26-07-2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Primeiras impressões: PowerPoint 2013 é mais moderno e simples de usar

Software ganha foco na experiência do usuário, e permite que até os novatos criem belas apresentações.

O PowerPoint é uma marca registrada do Microsoft Office. Apesar de ser apenas um entre muitos softwares de apresentações, ele ascendeu como o líder em seu campo de atuação, assim como a Coca-Cola, Band-Aid e o Google. A palavra “PowerPoint” já se tornou genérica na hora de se referir a apresentações e software para essa tarefa.

A Microsoft apresentou recentemente o Office 2013, e, consequentemente, uma nova versão do PowerPoint. Testamos o novo software e comentamos a seguir nossas primeiras impressões.

Mais bonito e sem enrolação

Há ainda muitas pessoas que usam o Office 2007, 2003 e até mesmo o Office XP ou 97 porque o programa consegue atender às suas necessidades básicas. O grande desafio da Microsoft ao desenvolver essa nova versão do programa foi agregar valor e novas funcionalidades ao invés de entupi-lo de recursos frívolos ou apenas chamando-o de “nova versão”.

O PowerPoint 2013 parece mostrar que a Microsoft fez um trabalho admirável ao parar para pensar como as pessoas usam o software, e de quais ferramentas e recursos elas precisam. O programa foca mais em melhorar e alinhar a experiência do PowerPoint, e menos em adicionar botões bonitinhos. O resultado é uma ferramenta mais fácil de ser usada, que permite até que usuários novatos criem belas apresentações.

A nova ênfase é evidente logo no começo. No PowerPoint 2010 havia temas e templates, porém o software apresentava um slide branco genérico, deixando a seu critério encontrar seus favoritos para mudar o design da apresentação. Quando aberto o PowerPoint 2013 já apresenta diversos modelos, e, ao selecionar um deles o programa já exibe algumas cores para que você aplicá-las aos slides.

Em questão de segundos, você já está pronto para adicionar conteúdo a um slide que já está bonito e configurado. O PowerPoint 2013 integra mais recursos do Excel e Visio que permitem ao usuário trabalhar com gráficos e diagramas ou criar formas personalizadas diretamente no software. Ele também possui um suporte muito mais amplo a formatos de vídeo e áudio, facilitando a incorporação de arquivos multimídia.

PowerPointPreviewDefina todo o seu projeto logo na tela inicial

Dois recursos que se destacaram no PowerPoint 2013 são o conta-gotas e a integração com a nuvem. O conta-gotas facilita na hora de combinar as cores dos slides e das imagens que estejam nas apresentação. As tonalidades podem ser escolhidas a partir de uma imagem, e aplicadas no texto para deixar o visual melhor e mais consistente.

Assim como o Word 2013, o PowerPoint por padrão salva seus documentos em sua conta no SkyDrive, serviço de armazenamento em nuvem da Microsoft. Isso é ótimo porque ajuda a garantir que seus arquivos poderão ser acessados de qualquer lugar, e de quase qualquer dispositivo conectado à Internet. Essa integração online também é uma alternativa para inserir imagens que estejam hospedadas online, ou de sites como Flickr ou Facebook, tudo direto para as apresentações.

Experimentamos o PowerPoint 2013 em um Samsung Series 7 Slate PC rodando a versão Consumer Preview do Windows 8. Assim como outros produtos do Office 2013, a Microsoft trabalhou bastante para incorporar o suporte a comandos e gestos na tela de toque para facilitar a vida dos usuários na hora de trabalhar com o software a partir da interface do tablet.

Em suma, o PowerPoint 2013 é impressionante, muito mais do que ao comparar a versão 2010 com o PowerPoint 2007, por exemplo. O software ficou mais simples e intuitivo que seus antecessores, e a modernização o torna pronto para o uso em tablets e para a próxima geração de plataformas de hardware.

Fonte: Tony Bradley, PCWorld/EUA
Publicado em 25-07-2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Como reduzir a fadiga visual após usar o computador

 

Seus olhos ficam vermelhos e irritados depois de muito tempo em frente ao micro? Veja algumas dicas simples e baratas que você pode usar para resolver o problema.

 

Passar muito tempo em frente ao computador pode prejudicar seus olhos. A chamada “Síndrome da Visão de Computador” (CVS - Computer Vision Sindrome) é uma condição real com sintomas que você já deve ter notado em algum ponto de sua vida: olhos vermelhos após uma longa sessão de jogos, sensação de que eles estão “secos”, coceira, irritação e talvez uma sensibilidade mais elevada à luz.

Há várias formas de evitar o problema. A maiora delas é simples, exige só um pouquinho de tempo e quase nenhum dinheiro, embora existam meios mais sofisticados, e caros, de conciliar o tempo em frente ao PC e o bem-estar de seus olhos. De qualquer forma, seu esforço será recompensado.

O básico: iluminação

Você até pode achar que a imagem de seu monitor parece mais nítida e agradável em uma sala escura, mas na verdade você está forçando seus olhos a “trabalhar dobrado” para perceber corretamente diferenças extremas de contraste. O mesmo acontece quando você coloca sua tela em um lugar que gere muitos reflexos: não só a imagem fica horrível, como toda aquela luz refletida prejudica a clareza da imagem e força os olhos a ajustar o foco com mais frequência.

Se você não está no escritório, não coloque seu computador debaixo de uma lâmpada fluorescente. Este tipo de iluminação é uma das situações mais inóspitas com os quais seus olhos podem lidar. O melhor é usar a luz natural em abundância, de preferência vinda de uma janela posicionada perpendicularmente à sua tela. Você pode até ficar tentado a colocar o monitor em frente a uma janela imensa para que possa apreciar um pouco da paisagem enquanto trabalha, mas todo o brilho vindo lá de fora pode cansar ainda mais os olhos.

 

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Coloque a tela de seu computador perpendicular à uma janela para aproveitar a luz natural

Ao colocar o monitor de forma perpendicular a uma fonte de luz natural, procure o equilíbrio entre a iluminação e os reflexos, posicionando a tela de forma que a luz não reflita diretamente nela. Tenha paciência, já que alguns minutos de ajuste agora irão lhe economizar horas de agonia mais tarde. Cortinas e persianas podem ser de grande ajuda para controlar o nível de luz durante certas horas do dia.

Você deve suplementar esta iluminação natural com luz artificial para o período noturno. Lâmpadas de teto, mesmo as incandescentes, não são a melhor opção por causa do potencial para produzir reflexos. O ideal é usar algo que ilumine a mesa e o monitor de forma indireta, evitando grandes diferenças de contraste. Uma pequena luminária de mesa entre a parede e o monitor, gerando uma iluminação difusa, é uma ótima opção. Na hora de escolher a lâmpada, prefira modelos identificados como “luz natural” e de baixa potência.

Técnicas avançadas

Se você quer algo mais impressionante e eficiente que uma pequena lâmpada sobre a mesa, talvez deva dar uma olhada em sistemas de iluminação conhecidos como “bias lighting”.

Você pode não reconhecer o nome, mas já deve ter visto o conceito em uso em TVs de alta-definição da Philips da família “Ambilight”. A idéia é simples: LEDs na traseira do monitor projetam luz colorida na parede, o que ajuda a reduzir os reflexos em ambientes pouco iluminados e faz com que a imagem pareça mais nítida.

Timothy Seppala, da Sound and Vision, descreve os benefícios da técnica em declaração ao site Ars Technica: “ela funciona porque provê luz ambiente suficiente em uma área para evitar que as suas pupilas se dilatem demais. Isso reduz a fadiga quando há mudanças súbitas no brilho da imagem”.

O problema é que há poucas combinações de aparelhos e software que permitem criar a combinação perfeita em um PC: luzes que mudam de acordo com a imagem que é exibida no monitor. Gostamos das Cyborg Gaming Lights, da Mad Catz, compostas por dois módulos com três LEDs cada (vermelho, verde e azul) que são capazes de reproduzir praticamente qualquer cor. Nos EUA, elas custam US$ 100.

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Cyborg Gaming Lights: LEDs podem produzir qualquer cor

Basta plugá-las a uma porta USB e à tomada, colocá-las atrás do monitor, apontadas para a parede e rodar um utilitário. Você pode escolher uma cor para a luz, ou definir uma lenta transição entre uma série de cores. Também é possível programar as luzes para que reflitam a cor dominante do que está sendo exibido na tela, seja um jogo, um filme ou uma foto.

Outra alternativa para quem está montando um PC é o Halo 6 LED Bias Lighting Kit, da Antec (US$ 13 nos EUA), ou alternativas como a Ledberg ou Dioder. É uma faixa com seis LEDs brancos que deve ser fixada atrás do monitor. As luzes não mudam de cor como na solução da Mad Catz, mas você tem benefícios similares gastando muito menos.

Além da luz

Outros truques que você pode usar para reduzir a fadiga visual incluem o uso de aplicativos para lembrá-lo de fazer uma pausa para “descansar os olhos”. Usuários do Chrome podem usar a extensão “Gimme a Break!”, e fãs do Firefox tem como opção a Auto Timer. Para cada 20 minutos que você passa olhando para a tela, bastam 20 segundos olhando para algum outro lugar para “descansar” os olhos. Não é tão difícil, certo?

Mas há outras dicas de software: são boas as chances de que seu monitor esteja com níveis de brilho e contraste bastante altos, já que eles vem ajustados de fábrica desta forma para tornar as imagens mais atraentes. Infelizmente isso não é nada bom. A primeira medida é reduzir o brilho da tela, afinal para quê “bombardear” seus olhos com luz em excesso?. Depois, use o guia de calibração do site Lagom.nl para calibrar corretamente seu monitor.

A “temperatura de cor” também pode afetar adversamente seus olhos após longos períodos de tempo. O F.Lux é um aplicativo gratuito que ajusta automaticamente a temperatura de cor de seu monitor de acordo com o período do dia: mais “fria” (e portanto mais branca) de manhã, simulando a luz do sol, e mais “quente” (mais amarelada) no fim do dia, quando “você não deveria estar olhando para o sol”, dizem os autores do programa. O programa usa sua localização para calcular corretamente os horários no nascer e pôr do sol, e fazer as mudanças de acordo com a posição dele no céu.

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F.lux: ajuste da temperatura de cor de acordo com o horário

Por fim, há óculos especiais para uso em frente ao computador, como os modelos produzidos pela Gunnar Optiks. A empresa afirma que seus óculos reduzem reflexos e ajudam a manter os olhos lubrificados. Normalmente fazemos isso piscando, mas estudos mostram que temos tendência a piscar muito menos enquanto olhamos para uma tela. Não dá pra dizer que nossos olhos viraram verdeiras “piscinas” com o produto da Gunnar, mas após algumas maratonas em frente ao micro usando os óculos, realmente notei menos fadiga. Entretanto, demora um pouco para você se acostumar ao tom amarelado das lentes.

 

Fonte: David Murphy, PCWorld EUA
Publicado em 20-07-2012

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Primeiras Impressões: Microsoft Office 2013 Preview

Demos uma olhada no novo pacote de produtividade da Microsoft, rodando tanto em um tablet com Windows 8 quanto em PCs com o Windows 7, e tivemos uma impressão favorável.

A Microsoft forneceu à equipe da PCWorld nos EUA dois tablets com o Windows 8 e acesso às prévias do Office 2013 e Office 365 antes do anúncio oficial do software, feito na última segunda-feira (16/07) em San Francisco, nos EUA.

Ao longo dos próximos dias iremos publicar nossas primeiras impressões de cada um dos programas que compõem o pacote Office, e começamos com uma visão geral de como o conjunto se comporta rodando em um notebook, desktop com tela sensível ao toque e tablet.

Neste artigo o editor sênior da PCWorld EUA, Michael Brown, nos conta como é trabalhar com o Office 2013 e 365 em um notebook e em um desktop. E nosso colaborador Tony Bradley fala sobre os testes dos novos produtos em um Tablet PC.

 

Office 2013 e Office 365 em um notebook e um desktop

Passei a maior parte de meu tempo com o Word e Excel em um notebook e um desktop “all-in-one” equipado com uma tela sensível ao toque. Como esperado, a Microsoft está amarrando o Office 2013 e o Office 365 ao seu serviço de armazenamento online, o SkyDrive: se você comprar uma versão do novo pacote da Microsoft e fizer login com sua conta do Windows Live, ganha 20 GB de espaço grátis para armazenar seus arquivos online. Você pode usar outros serviços, mas suspeito que a integração irá roubar vários usuários de serviços como o Google Drive, Dropbox e SugarSync.

Tanto o Office 2013 quanto o Office 365 oferecem basicamente a mesma experiência de usuário, mas a Microsoft está claramente tentanto atrair os usuários para a versão baseada na nuvem. Pela primeira vez a empresa irá oferecer essa solução aos consumidores, em vez de apenas a empresas.

Compre uma versão tradicional do Office em uma “caixinha” e você tem uma licença para instalá-lo em um PC. Mas assine o Office 365 e você ganha licenças para instalar o Office 2013 em até 5 aparelhos (por enquanto, apenas PCs e tablets rodando o Windows 7 ou 8, mas a versão final incluirá também o Office para Mac), além de poder fazer “streaming” dos aplicativos para qualquer PC ou tablet rodando o Windows 7 ou 8. A Microsoft ainda não anunciou os preços de nenhuma das opções.

 

Uma nova interface

A interface do Office 2013 não é muito diferente da do Office 2010: a Ribbon continua como o ponto central, embora o texto e ícones dentro dela sejam um pouco maiores e com espaçamento maior, para tirar melhor proveito do espaço em monitores grandes e facilitar a interação em telas sensíveis ao toque. Ainda assim, a Ribbon não é grande demais para a tela típica de um notebook, mesmo com a adição de duas novas abas: Design e Developer (a aba Developer existe no Office 2010, mas está desabilitada por padrão).

office15_ribbon-360pxSe você já se acostumou à Ribbon no Office 2007 e 2010, irá se sentir em casa

Embora eu tenha usado vários computadores all-in-one com telas sensíveis ao toque nos últimos anos, não uso a tela sensível ao toque com frequência. Talvez seja uma questão de hábito, mas não me parece natural tirar a mão do mouse para cutucar um ícone na tela, ou talvez meus dedos sejam “gordos” demais para serem precisos. De qualquer forma, embora eu tenha tentado usar a Ribbon com os dedos, voltei rapidamente ao mouse. A interface oferece mais benefícios quando usada em um tablet, mas não perde nem um pouco da eficiência quando usada com o mouse.

 

Novos recursos no Word

A Microsoft fez um bom número de melhorias úteis e interessantes no Office 2013. Agora é possível importar um arquivo PDF, editá-lo como se fosse um arquivo do Word e exportar o resultado como PDF ou DOC. Os arquivos importados não só retém sua formatação original - incluindo cabeçalhos, colunas e notas de rodapés - como tabelas e gráficos podem ser editados como tal. Importe um PDF contendo uma tabela, por exemplo, e você poderá editar a tabela como se a tivesse criado “do zero” no Word. Também é possível embutir um arquivo PDF em um documento do Word.

office15_editpdf-360pxÉ possível editar documentos PDF diretamente no Word

A Microsoft espera que as pessoas desejem guardar seus documentos na nuvem, e na hora de salvar um arquivo sua conta no SkyDrive é listada em primeiro lugar. Outro recurso legal é a capacidade de se conectar a recursos online e incorporá-los em seus documentos. Por exemplo, sem sair do Word é possível usar o Bing para fazer uma busca na web por um vídeo, e embutir o vídeo no documento usando o código de incorporação em HTML.

Ligue sua conta no SkyDrive à sua conta no Flickr e você poderá acessar sua coleção de imagens e embutí-las diretamente no documento, novamente sem nunca sair do Word. Embutir um screenshot de um aplicativo é mais fácil ainda: clique em Insert / Screenshot e uma janela com miniaturas de todas as janelas e aplicativos abertos será mostrada. Clique na imagem desejada e ela será inserida no documento na posição atual do cursor.

E quando você embute uma imagem ou vídeo em um documento, você pode arrastá-los e ver o texto se reposicionar automaticamente ao redor deles, em tempo real.

office15_save_skydrive-360pxAo salvar um arquivo, o SkyDrive é a primeira sugestão


Recursos de colaboração no Word

Quando você está colaborando com uma outra pessoa em um documento, ser capaz de rastrear as mudanças feitas por seu colaborador é crucial. Isso é muito mais fácil no Word 2013, graças a um novo recurso chamado de “Markup View”.

Uma linha vermelha vertical na margem esquerda do documento indica que mudanças foram feitas, e um balão de texto na margem direita indica a presença de comentários. Clique na linha vermelha para mostrar tanto as mudanças feitas durante a edição quanto os comentários, ou no balão para mostrar apenas os comentários

A Microsoft também adicionou um novo modo de visualização chamado Reader. Quando um documento é visto nesse modo, um pequeno triângulo aparece na frente de cada parágrafo. Após ler o parágrafo, clique no triângulo e o parágrafo some, fazendo com que mais texto apareça após ele. Com isso você pode ler sem ter de rolar a página.

Não tive tempo de explorar cada novo recurso do Word 2013, mas gostei do que vi até agora. Parece que a Microsoft melhorou significativamente o programa, adicionando alguns ótimos recursos novos sem prejudicar o que já existia durante o processo. Ainda assim, minha opinião é baseada em um período de tempo muito limitado com o produto.

 

Excel 2013

Assim como a nova versão do Word, o Excel 2013 tem cheiro de novo mas ainda assim é bastante familiar. A Microsoft adicionou várias ferramentas sofisticadas para análise de dados, incluindo uma chamada Flash Fill: quando você pega um dado de uma coluna e o coloca em uma segunda coluna, o Flash Fill consegue prever o que você quer fazer com todos os valores desta segunda coluna, e se oferece para prenchê-la de acordo.

A Microsoft nos forneceu uma planilha com duas colunas como amostra de como o recurso funciona. A primeira coluna continha endereços de e-mail formatados como nome.sobrenome@dominio. A segunda coluna era usada para armazenar o nome de cada usuário.

office15_excel_flashfill-360pxFlashFill identifica padrões nos dados da planilha e se oferece para completá-los

Embora não seja o cenário mais realista que possamos imaginar, funciona. Você estabelece a referência digitando na segunda coluna o nome do primeiro usuário da lista de e-mails, e assim que você começa a digitar o nome do segundo usuário o Excel prevê que você quer fazer o mesmo para todos as linhas da primeira coluna, e se oferece para fazer isso automaticamente. Tecle Enter e a segunda coluna é automaticamente preenchida com os nomes.

Cores e símbolos ajudam a analisar os dados mais rapidamente, e a Quick Analysis Tool usa estes elementos para identificar e destacar tendências e mudanças. Selecione as linhas e colunas que você quer que sejam analisadas, clique no ícone que aparece no canto interior direito e escolha a formatação condicional que condiz com suas necessidades. Em vez de olhar colunas e mais colunas de números cinzentos, você irá ver instantâneamente uma planilha formatada com cores, barras e ícones.

office15_excel_formatacaocondicionalAs sugestões automáticas de formatação condicional ajudam na visualização dos dados

Gráficos fornecem uma outra forma fácil de visualizar os dados, e agora a Quick Analysis Tool sugere automaticamente o tipo mais adequado de gráfico - barra, pizza, dispersão e outros - de acordo com seus dados.

Minhas primeiras impressões do Excel 2013 são tão favoráveis quando as do Word 2013. A Microsoft parece ter incluído alguns recursos sólidos sem impor uma curva de aprendizado difícil.

 

Office 2013 e Office 365 em um tablet

A Microsoft está apostando pesadamente na idéia de que tablets são o futuro dos PCs. Assim como o Windows 8, o Office 15 foi construído “do zero” para tirar vantagem dos recursos únicos dos tablets, ao mesmo tempo em que leva em conta as limitações de uma tela sensível ao toque na criação de conteúdo.

Rodei o Office 15 em um “Slate PC” Samsung Series 7 rodando o Windows 8 Consumer Preview para ver o quão bem o pacote se sai em um tablet. Tenha em mente que este tablet está rodando o Windows 8 Pro, e não o Windows RT, e que o Office 2013 e Office 365 são diferentes do “Office for RT” que será incluso com os tablets com processador ARM.

A Microsoft fez um grande trabalho ao tornar as ferramentas e funções dos vários aplicativos do Office acessíveis em uma interface sensível ao toque sem sacrificar recursos. Por exemplo, segurar o dedo sobre uma palavra escrita incorretamente no Word faz surgir uma lista de possíveis correções, e o mesmo gesto em outros pontos da interface chama um menu contextual, o mesmo normalmente acessado com um clique do botão direito do mouse.

office15_word_telainicial-360pxA tela inicial do Word 2013 é perfeitamente adaptada às telas sensíveis ao toque

Notei que às vezes era difícil tocar em algumas das opções na Ribbon. Os botões são um pouco pequenos para meus dedos, e não dá para usar o já tradicional gesto de pinça para ampliar a Ribbon. Por outro lado, você pode fazê-la desaparecer para maximizar a área disponível para seu documento, tanto no Office 2013 quanto no Office 365, o que é bom.

O pacote Office 2013 que instalei em meu tablet inclui o Word, Excel, PowerPoint, OneNote, Outlook, Publisher, Access, Lync e alguns outros programas. Entretanto, os únicos programas disponíveis no Office 365 são o Word, Excel, PowerPoint e OneNote. O Outlook também é parte do Office 365, mas a opção estava desativada na versão que testei.

Uma coisa que eu gosto no Office num tablet é um recurso do sistema operacional (Windows 8) e do hardware, e não do Office propriamente dito. O teclado virtual é sensível e fluido o suficiente para permitir que eu digite praticamente a toda velocidade. E tocar no botão “símbolos e números” faz surgir um teclado numérico propriamente dito, que é muito mais eficiente na hora de digitar valores em uma planilha do Excel.

Ainda assim, foi um pouco incômodo ter de ficar clicando no ícone do teclado no rodapé da tela para abrir o teclado virtual. Seria legal se os aplicativos do Office reconhecessem quando eu toco em um campo de texto e respondessem abrindo automaticamente o teclado, como acontece em quase qualquer smartphone ou tablet moderno. Talvez a Microsoft tenha feito isso para conservar o limitado espaço na tela e deixar que os usuários naveguem pelos documentos sem ter o teclado “pulando” na tela o tempo todo.

No geral, a experiência é sólida. Usar o Office em um tablet é diferente de usá-lo em um PC tradicional com teclado e mouse, mas ainda assim é um arranjo funcional. A Microsoft claramente investiu muito tempo e esforço para garantir que a experiência de uso de seu pacote em um tablet faça jus ao nome Microsoft Office.

Fonte: Michael Brown e Tony Bradley, PCWorld EUA
Publicado em: 17-07-2012

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