Os Smartbooks, híbridos de smartphone e netbook, se propõe a oferecer ainda mais portabilidade aos usuários.
O nome foi adotado por empresas que trabalham com a ARM (Advanced RISC Machines), que desenvolveu o processador usado pela maioria dos smartphones.
Na feira Computex, realizada em junho em Taipei, a Qualcomm apresentou uma versão do Eee PC, netbook da Asus, equipada com seu processador Snapdragon e um versão do Android, sistema operacional do Google para celulares inteligentes.
A empresa chamou o aparelho de smartbook por ele ser mais fino que um netbook e não precisar de dissipador de energia nem de ventilação.
O aparelho tem tela de dez polegadas, webcam e modem 3G com suporte a várias redes em atividade no mundo. A empresa não disse quanto ele vai custar, mas os primeiros modelos devem chegar ao mercado até o fim deste ano.
A Microsoft afirmou durante a Computex que não vai oferecer uma versão específica do Windows para os smartbooks. Isso pode contribuir para que diferentes distribuições de Linux, até o Android, sejam usadas nessas máquinas.
Vantagens
"O smartbook é um netbook com menor capacidade de memória. É mais leve, mais portátil, conecta-se à internet de maneira mais fácil e tem bateria que dura mais", resume Renato Frias, engenheiro de aplicações da Freescale Semiconductor, que fornece processadores para diversos fabricantes.
Em post recente, o "Guardian" destacou por que os smartbooks devem se sair bem. Em primeiro lugar, porque têm apelo para pessoas que usam smartphones, mas sentem falta de uma tela e de um teclado maiores.
Alem disso, eles devem ser aceitáveis para os fornecedores de telefonia móvel que já suportam smartphones. E, não menos importante, oferecem uma bateria com vida útil mais duradoura. E, por fim, por serem mais baratos do que os netbooks -a ideia é que eles custem cerca de US$ 199.
"Sempre pensei que a convergência estava próxima. O smartphone é muito pouca configuração para o que um usuário de netbook precisa. E o netbook é muita configuração para quem quer só um smartphone", diz José Martin, analista de mercado da IDC Brasil, que calcula que EUA e Europa sejam os primeiros lugares a adotar a nova tecnologia.